sábado, 9 de fevereiro de 2013


Dupla vai parar no xilindró acusada de atacar coletivo em Marabá



Após diversos assaltos a ônibus coletivos realizados na semana passada, a Polícia Militar conseguiu prender em Marabá Vander Ferreira Duarte e Gleyciano Nunes de Oliveira, ambos de 23 anos, que apareciam em praticamente todas as gravações das câmeras de segurança dos ônibus da empresa TCA, cometendo assaltos aos caixas.

A dupla foi presa na noite da última sexta-feira (1º) em posse de uma arma de cano longo de fabricação caseira, utilizada nos crimes. Segundo o soldado PM Renato, a guarnição na qual ele estava reconheceu a dupla enquanto os acusados caminhavam na rua. “Há vários dias, estávamos no encalço desses elementos, que vinham praticando assaltos a ônibus. Em ronda, observamos os dois caminhando na rua, com a mochila nas costas, na qual poderiam estar levando uma arma”, afirmou o policial.

Em seguida, a guarnição realizou a abordagem e encontrou o armamento. “Não deu outra: encontramos uma escopeta caseira; além disso, eles confessaram os crimes. Não sei o que passa na cabeça deles de praticarem o crime na cara dura”, comentou o soldado. Na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Marabá, Gleyciano informou que a dupla se revezava entre quem rendia o motorista com a arma e quem fazia a limpeza do caixa.

“A gente roubou uns cinco ônibus, mas começamos há poucos dias. Inventamos uma vez, deu certo e continuamos”, contou Gleyciano, acrescentando, entre risos, que a dupla faturava menos de R$ 100 por assalto. Já Vander disse que estava passando pela primeira vez na delegacia e sequer havia visitado alguém na cadeia. Ele também confirmou os roubos, mas disse que a dupla evitava assaltar passageiros, porque os dois são “cristãos”.

Ambos afirmaram, também, que são usuários de drogas e encontraram nos roubos a maneira mais fácil de suprir o vício. “Eu roubava pra fumar droga. Um celular de R$ 1.300 troquei por três pedras na ‘boca de fumo’”, afirmou Vander. Questionado se não sentia pena das vítimas que fazia, Vander declarou que o desejo pela droga sempre fala mais alto. “Dói meu coração, mas vou lhe dizer uma coisa: quem vai ligar ‘pras’ coisas dos outros quando está na ânsia de fumar o produto?”, finalizou.

Os dois já vinham sendo alvo de investigação da Polícia Civil iniciada dias antes da prisão pela Polícia Militar. Na sexta-feira, dia em que os dois foram presos, representantes da empresa Transporte Coletivo de Anápolis (TCA) haviam procurado a delegacia com imagens que os identificavam. Segundo a empresa, apenas na última semana foram registrados oito assaltos. (Luciana Marschall)

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