quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Polícia desvenda crime de ex-vereador e culpados começam a ser presos



Acusado do crime em foto de documento
Em entrevista coletiva concedida à imprensa da cidade, na manhã desta terça-feira (12/02/13), o delegado José Orimaldo da Silva, da Delegacia de Polícia de Xinguara, detalhou os fatos sobre as investigações que culminaram com a elucidação do assassinato do ex-vereador Elpidio Pereira da Silva, o “Biro Biro”, na data de 06 de fevereiro de 2013, às 12 horas, dentro de sua caminhonete, na rodovia PA 279, às proximidades de Xinguara.


De acordo com o delegado, quem matou o ex-vereador foi o vaqueiro Manoel Pereira Oliveira, 39 anos, casado, natural de Arapoema (TO), residente no setor Mariazinha, em Xinguara, incentivado por Kátia Dias Ribeiro, de 49 anos, ex-cunhada de  “Biro Biro”.


Delegado Orimaldo durante a coletiva de imprensa
O crime teria sido primeiramente arquitetado pelo próprio criminoso, com a alegação de que Elpidio teria assediado sua mulher quando esta trabalhava para ele. E que ao saber da intenção do vaqueiro, Katia teria o instigado para que ele cometesse o crime e  ainda teria lhe ofertado certa quantia em dinheiro pelo serviço.


Que conforme o combinado, o vaqueiro Manoel se passando por fazendeiro, e usando o nome fictício de “Carlos”, telefonou para a vítima com a desculpa de contratar seus servidos para fazer a medição de uma terra, já que “Biro Biro” trabalhava como consultor em georreferenciamento de terras em propriedades rurais da região.


Sem imaginar que se tratava de uma emboscada, “Biro Biro” foi ao encontro do tal fazendeiro que o aguardava às margens da rodovia PA 279, e quando chegou lá, que abriu o vidro da caminhonete para conversar com ele, recebeu um tiro a queima roupa, morrendo instantaneamente dentro do carro.   


Ainda conforme o delegado Orimaldo, foi durante as investigações que a polícia chegou a duas testemunhas chaves do crime. Foram elas que disseram o nome do criminoso e a onde à moto usada no crime estava escondida.  


Já a testemunha que delineou a participação de Kátia no crime, foi à mulher do homicida, Luzenir. Foi ela quem contou todos os detalhes do crime ao delegado, onde acusou a participação de Katia. Durante acareação feita entre as duas, Luzenir manteve todas as acusações. Por sua vez, Katia negou veementemente sua participação na morte do ex-cunhado.


Kátia foi presa nesta segunda-feira (11), a mando da justiça. Ela será transferida para a penitenciaria de Redenção. A reportagem tentou falar com ela, com o objetivo de ouvir sua versão sobre os fatos, mas seu advogado negou o pedido, informando que só depois que a verdade aparecer é que ela irá se pronunciar. 


O motivo da participação de Kátia no episodio ainda não está bem esclarecido. Segundo o delegado Orimaldo, “Biro Biro” e Carla (irmã de Katia) estavam em litígio devido à separação, e que no dia 14 de fevereiro aconteceria a segunda audiência de conciliação sobre a divisão do patrimônio do casal. Por causa dessa situação, Carla estava sofrendo muito e a irmã vendo seu sofrimento, pode ter se doído por ela.



Agora a polícia está tentando prender o acusado do crime, que se encontrada foragido. A polícia divulgou a foto dele na esperança de alguém informar seu paradeiro.


Além da equipe do delegado José Orimaldo da Silva, participam das investigações o delegado Lenoir Alves Campos Cunha, da Divisão de Homicídio de Belém, e sua equipe de investigadores, e também a Polícia Militar de Água Azul do Norte, na pessoa do sargento Divino, que teve participação decisiva na elucidação do crime.

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